Não tenho duvida alguma que as IPSS garantem grande parte das responsabilidades do Estado, sociais e de saúde aos cidadãos mais carenciados. O que me custa ver é parcerias de negócios miseráveis (para as IPSS) mas que à custa delas, o estado torna-se patrão das IPSS, tratando-as como se fossem um grande grupo económico, com exigências e mais exigências. A exigência é bem vinda, mas terão então também de pagar como se as IPSS fossem um grande grupo económico. No final fazem o mesmo, cuidam de pessoas e até com mais humanização e carinho. Costuma dizer-se que isto não tem preço, não é? Pois, mas essa expressão, senhor Estado, é para acrescentar valor, não é para levar à letra. Se este paradigma de subfinanciamto às IPSS não mudar urgentemente estou em crer que a RNCCI (entregue sobretudo às IPSS) não dura mais 10 anos. Voltaremos ao tempo do doentes dependentes despejados em asilos sem condições e cuidados adequados, os carenciados claro.
Nas últimas duas décadas a enfermagem deu sem dúvida um grande salto na sua imposição enquanto ciência. Mestrados e Doutoramentos em enfermagem conferidos pela academia é, sem qualquer sombra dúvida, demonstração disso mesmo. Por outro lado, também temos enfermeiros a investirem os seus conhecimentos pós-licenciatura em outras áreas do conhecimento, nomeadamente nas áreas da gestão em saúde. Também estes profissionais têm sido reconhecidos pelas suas competências assumindo cargos de gestão pública da saúde de alguma relevância. Nesta ultima situação, repara-se que o profissional deixa de ser tratado como Enfº passa a ser tratado como Dr., ficando a mensagem subliminar de que não fica bem a profissão enfermeiro assumir determinados cargos, muito em especial na gestão pública. E não vale a pena virem com conversas a convencerem-me do contrário. Já testemunhei um diretor de uma ULS oriundo da profissão de enfermeiro dizer em evento público que tinha mudado de carreira. Fica clarament...
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