Avançar para o conteúdo principal

As IPSS, o Estado e a RNCCI

Não tenho duvida alguma que as IPSS garantem grande parte das responsabilidades do Estado, sociais e de saúde aos cidadãos mais carenciados. O que me custa ver é parcerias de negócios miseráveis (para as IPSS) mas que à custa delas, o estado torna-se patrão das IPSS, tratando-as como se fossem um grande grupo económico, com exigências e mais exigências. A exigência é bem vinda, mas terão então também de pagar como se as IPSS fossem um grande grupo económico. No final fazem o mesmo, cuidam de pessoas e até com mais humanização e carinho. Costuma dizer-se que isto não tem preço, não é? Pois, mas essa expressão, senhor Estado, é para acrescentar valor, não é para levar à letra. Se este paradigma de subfinanciamto às IPSS não mudar urgentemente estou em crer que a RNCCI (entregue sobretudo às IPSS) não dura mais 10 anos. Voltaremos ao tempo do doentes dependentes despejados em asilos sem condições e cuidados adequados, os carenciados claro.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Enfermagem Contemporânea, será que a academia está a acompanhar a evolução?

Nas últimas duas décadas a enfermagem deu sem dúvida um grande salto na sua imposição enquanto ciência. Mestrados e Doutoramentos em enfermagem conferidos pela academia é, sem qualquer sombra dúvida, demonstração disso mesmo. Por outro lado, também temos enfermeiros a investirem os seus conhecimentos pós-licenciatura em outras áreas do conhecimento, nomeadamente nas áreas da gestão em saúde. Também estes profissionais têm sido reconhecidos pelas suas competências assumindo cargos de gestão pública da saúde de alguma relevância. Nesta ultima situação, repara-se que o profissional deixa de ser tratado como Enfº passa a ser tratado como Dr., ficando a mensagem subliminar de que não fica bem a profissão enfermeiro assumir determinados cargos, muito em especial na gestão pública. E não vale a pena virem com conversas a convencerem-me do contrário. Já testemunhei um diretor de uma ULS oriundo da profissão de enfermeiro dizer em evento público que tinha mudado de carreira. Fica clarament...

É preciso morrer para renascer...

Ainda não temo a morte, contudo espero que ela venha o mais tarde possível… No entanto já morri e renasci. Tanto tenho ainda por fazer, tanta pedra bruta por desbastar no meu interior, quero (re)construir o meu templo, quero ser imortal. Em certa medida já atingi a imortalidade, para quem me ama e eu sei que existe quem me ama, porque eu também amo. Não temer a morte transforma-nos em homens livres e poderosos. Gosto disso. Habituei-me a ser livre e poderoso, deve ser essa a principal fonte de inveja do meus inimigos. Tenho uma novidade para eles: Sou cada vez mais livre e poderoso e os meus amigos são 10 vezes mais que os meus inimigos e tão poderosos quanto eu.

Enfermagem, uma profissão económico-liberal? Espero que não!

É verdade que tardava alguma reposição na justiça para os profissionais de enfermagem (cargas horárias, salários, horas extraordinárias em dívida, etc), mas não concordo com a falta de ética profissional que assisto por parte dos enfermeiros em abandonar instituições, equipas e doentes, apenas porque a instituição do lado paga mais ou é mais prestigiada. A enfermagem não é uma profissão de quem a comunidade espere uma postura económico-liberal. É uma profissão de compromisso social, por alguma razão a Ordem dos Enfermeiros instituiu a Cerimónia de Vinculação à Profissão, onde é jurado o compromisso social. Isto não pode servir apenas para tirar fotografias. Quando esta temática surge vem logo alguém falar em liberdade e livre arbítrio profissional, que têm os mesmos direitos que os outros, etc, etc. Claro que a liberdade é um direito fundamental e inalienável, contudo, como todos os direitos, tem de ser exercido com responsabilidade. Se é um direito para nós é também um direito pa...