Não tenho duvida alguma que as IPSS garantem grande parte das responsabilidades do Estado, sociais e de saúde aos cidadãos mais carenciados. O que me custa ver é parcerias de negócios miseráveis (para as IPSS) mas que à custa delas, o estado torna-se patrão das IPSS, tratando-as como se fossem um grande grupo económico, com exigências e mais exigências. A exigência é bem vinda, mas terão então também de pagar como se as IPSS fossem um grande grupo económico. No final fazem o mesmo, cuidam de pessoas e até com mais humanização e carinho. Costuma dizer-se que isto não tem preço, não é? Pois, mas essa expressão, senhor Estado, é para acrescentar valor, não é para levar à letra. Se este paradigma de subfinanciamto às IPSS não mudar urgentemente estou em crer que a RNCCI (entregue sobretudo às IPSS) não dura mais 10 anos. Voltaremos ao tempo do doentes dependentes despejados em asilos sem condições e cuidados adequados, os carenciados claro.
É verdade que tardava alguma reposição na justiça para os profissionais de enfermagem (cargas horárias, salários, horas extraordinárias em dívida, etc), mas não concordo com a falta de ética profissional que assisto por parte dos enfermeiros em abandonar instituições, equipas e doentes, apenas porque a instituição do lado paga mais ou é mais prestigiada. A enfermagem não é uma profissão de quem a comunidade espere uma postura económico-liberal. É uma profissão de compromisso social, por alguma razão a Ordem dos Enfermeiros instituiu a Cerimónia de Vinculação à Profissão, onde é jurado o compromisso social. Isto não pode servir apenas para tirar fotografias. Quando esta temática surge vem logo alguém falar em liberdade e livre arbítrio profissional, que têm os mesmos direitos que os outros, etc, etc. Claro que a liberdade é um direito fundamental e inalienável, contudo, como todos os direitos, tem de ser exercido com responsabilidade. Se é um direito para nós é também um direito pa